A crescente onda do movimento minimalista abriu as portas para outros movimentos que visam a redução de consumo em prol da sustentabilidade e também da praticidade, como, por exemplo, a Tiny House. Cada vez mais pessoas vêm se interessando e aderindo a essa moradia, que não é apenas uma casa, mas também um estilo de vida. Afinal, toda a sua rotina e vivência deve se adaptar ao novo espaço. Pensando na popularidade da Tiny House nos dias de hoje, a Sem Atravessador trouxe os principais motivos que fazem desse modelo de casa super vantajoso.

O que é uma Tiny House?

Traduzindo literalmente do inglês, significa “casa pequena”. Isso representa perfeitamente o visual desse imóvel, já que ele possui, no máximo, 40 m2. Se pararmos para pensar esse é um tamanho ainda muito confortável, principalmente se compararmos com as tradicionais moradias estudantis de países asiáticos, como a Coréia do Sul e o Japão, que possuem 4 m2. Como nesses países o surto populacional é grande, esses apartamentos diminutos visam evitar crise no sistema imobiliário. Já as Tiny Houses possuem como base um movimento arquitetônico e social que se preocupa com o meio ambiente e busca gerar cada vez mais impactos negativos para ele. A ideia da casa é ser totalmente adaptada para que seja funcional ao mesmo tempo em que se encaixe no espaço disponível. Os móveis, por exemplo, são multiusos, como uma mesa que vira um banco. Dessa forma, tudo que é necessário para garantir o conforto e os itens necessários em uma casa são garantidos seguindo a filosofia do movimento. As Tiny Houses já estão dominando os países da América do Norte, agora chega ao Brasil, mas ainda sem muito reconhecimento. Entretanto, com a crescente preocupação com o meio ambiente afetando o comportamento de consumo das pessoas, pode-se prever que em pouco tempo esses projetos arquitetônicos serão muito comuns aqui e farão muito sucesso.

Por que optar por uma Tiny House?

Antes de falar dos impactos ao meio ambiente, vamos falar de outra característica muito importante: a economia financeira. Nos Estados Unidos, a adesão à Tiny House aumentou exponencialmente na crise financeira de 2008 – afinal, com dinheiro escasso, as pessoas buscaram alternativas para suprir as necessidades sem exigir uma grande reserva financeira. Entretanto, como a Tiny House ainda é algo exótico no Brasil, o preço não é tão baixo quanto nos outros países. No entanto, com a popularidade crescendo e a adesão aumentando, especula-se que em pouco tempo o preço será muito menor que o atual. Outra vantagem é que ela já vem toda mobiliada sob medida e adaptada para que você não perca nada em comparação a uma residência de tamanho regular. Após decidir o projeto e pagar por ele, basta esperar a casa ficar pronta e se mudar. Essa espera não é muito longa, o que nos leva à terceira vantagem. O projeto arquitetônico das Tiny Houses leva pouquíssimo tempo para sair do papel e estar totalmente finalizada. Uma ótima característica para quem não quer esperar quase um ano inteiro para ver sua casa pronta. Por último, a sustentabilidade, que já é aplicada na construção, através do que chamamos de “construtivos a seco”. Eles são materiais de construção que não precisam da água para serem utilizados, como é o caso do cimento. A madeira é o material mais utilizado nesses casos. Além disso, é comum que o projeto incluía alternativas sustentáveis para a geração de energia, como as placas solares. Portanto, as Tiny Houses representam o futuro e é um movimento que veio para ficar, não é apenas uma moda passageira. Por isso, não hesite em optar por esse projeto.

Desvantagens das Tiny Houses

Inicialmente, a questão do tamanho pode ser sim um problema para muitas pessoas. Afinal, estamos todos acostumados com casas grandes, com vários cômodos bem divididos, dando muita privacidade aos moradores. Entretanto, isso não é um incômodo por muito tempo, pois a adaptação é rápida. Outro fator a ser considerado antes de escolher uma Tiny House é o plano e desejo de se ter uma família com filhos. Afinal, o tamanho da casa impede a possibilidade de que várias pessoas morem lá de maneira confortável. Ela é ideal para uma pessoa ou casal, para três pessoas já se torna um pouco desconfortável. Entretanto, para a geração millennial isso não é um problema tão grande assim, já que a percepção de maternidade e paternidade vem mudando bastante para ela. Além disso, a área de instalação da Tiny House é algo a se considerar. O mais comum é que elas sejam construídas com rodas para que sejam móveis, como um trailer. Entretanto, não é em qualquer lugar que se pode instalar uma casa nesse modelo e a restrição é ainda maior nos espaços urbanos. No Brasil ainda não se tem uma legislação definida especificamente para esse tipo de projeto, por isso, fica mais difícil buscar por informações, já que cada município possui as próprias regras que mudam se a casa será sobre rodas ou não. No entanto, todos os problemas citados podem ser contornados, adaptados e superados, o que mantém as vantagens das Tiny Houses muito válidas.

Como as Tiny Houses contribuem para a qualidade de vida?

Um dos efeitos desse tipo de residência é melhorar a qualidade de vida. Isso acontece por diversos fatores, que começam pelo visual clean. Imagina acordar todos os dias em uma local com poucos móveis e elementos decorativos que evitam qualquer tipo de poluição visual e deixam o ambiente até mais iluminado e com uma energia mais natural. Essa é a sensação de acordar em uma Tiny House. Isso deixa a rotina mais leve e melhora bastante o humor, o que, consequentemente, afeta positivamente todo o funcionamento do nosso corpo. Além disso, a consciência ambiental nos torna pessoas menos egoístas e mais capazes de se preocupar com coisas para além de nós mesmo. Isso quer dizer, que aderir ao estilo de vida das Tiny Houses faz muito bem para a alma, para a saúde espiritual, mental e física, tirando todo o peso que a vida urbana nos traz. Gostou deste artigo? Para mais dicas e informações sobre casas, estilo de vida e mercado em geral, acesse nosso blog.