A madeira é um dos principais elementos utilizados em construções, seja na estrutura como no acabamento. Porém, com a variedade de opções, pode ser difícil definir qual é a melhor escolha.

Quando utilizada dentro dos ambientes a madeira proporciona sensações de conforto e aconchego, além de oferecer ao espaço mais sofisticação.

Cada madeira possui diferentes cores, texturas, resistência e durabilidade, tendo diferentes funções e aplicações mais adequadas.

Hoje vamos falar sobre a madeira pinus, que é uma das queridinhas, podendo ser usada em diversos estágios na construção e ainda na fabricação de móveis.

Como é a madeira pinus?

A madeira pinus é uma madeira de reflorestamento bastante fácil de trabalhar e que custa cerca de 40% a menos quando comparada a outros tipos de madeira.

Na construção ela pode ser utilizada em pisos, forros no teto e nas paredes, rodapés e muito mais. Esse tipo de revestimento ajuda a renovar, destacar e transformar os ambientes.

Com tonalidade clara, bem próxima ao marfim, com alta resistência, qualidade e muito durável, ela também é muito utilizada para fabricação de estantes, prateleiras, armários, camas e móveis em geral.

Mas com tanta diversidade nas aplicações, é preciso ter certeza de que a madeira recebeu tratamento adequado, que garanta distância e maior resistência aos possíveis problemas como fungos e insetos.

Que tipo de problema pode ocorrer com a madeira pinus?

A cada ano aumentam as infestações com pragas, principalmente em países tropicais, como o Brasil. No caso da madeira pinus a principal ameaça é o cupim, que pode se instalar na madeira e passar longos períodos se alimentando do material celulósico.

Sem um tratamento específico, a proliferação desses insetos ocorre naturalmente. Os primeiros indícios são a sujeira (um pó) de madeira, e depois é possível até encontrar ovos da praga.

Quando a madeira está infestada por cupins, ela perde a resistência, podendo causar graves danos como a quebra da estrutura.

Quando o material já está instalado, como em telhados ou portas, é preciso buscar ajuda de profissionais que apliquem fungicidas ou outros produtos com o objetivo de eliminar os cupins. Dependendo do estado das peças é necessário trocar por madeiras novas.

A boa notícia é que é possível adquirir peças de pinus já com tratamento adequado, o que garante a resistência a esses problemas com cupins, mas também com umidade e outros insetos.

Esse tratamento é conhecido como autoclavagem.

O que é pinus autoclavado?

Autoclavagem é um processo de tratamento da madeira, que deixa o material mais leve e resistente aos possíveis danos.

O pinus autoclavado é considerado uma madeira sustentável, já que é extraído de áreas de reflorestamento dedicadas a esse tipo de atividade e não de desmatamento, e a sua produção não agride o meio ambiente.

Nos Estados Unidos o pinus é muito popular justamente pelo seu preço e por sua multifuncionalidade. Em países em que o sistema construtivo é mais aprimorado a madeira de pinus é o principal insumo e frequentemente utilizada na estruturação da edificação.

Aqui no Brasil o uso em estruturas da construção civil ainda está em expansão, sendo mais utilizada em casas pré-fabricadas. Mas, por causa da repressão ao desmatamento, o crescimento do uso do pinus de reflorestamento tratado já ultrapassa 7% ao ano no Brasil.

O pinus é uma das madeiras mais indicadas para passar por esse processo de autoclavagem em razão de sua porosidade.

Na autoclavagem as madeiras precisam atingir um nível de umidade específico. Depois de seca, a madeira de pinus é submetida ao vácuo para que seja retirado todo o ar da peça.

Em seguida são inseridas soluções de tratamento e alta pressão, o que garante que o produto seja inteiramente absorvido pela madeira.

No final do processo de autoclavagem a madeira se torna imune ao ataque de fungos, carunchos, cupins e muitos outros agentes biológicos. Além disso, esse tratamento não altera as condições da madeira, ou seja, ela ainda pode ser pintada ou envernizada, receber adesivos colantes ou qualquer outro revestimento.

Mas, mesmo em se tratando de pinus, no Brasil existem algumas espécies diferentes e apenas algumas delas são usadas para o tratamento em autoclave.

As espécies Pinus Taeda, Pinus Elliotto e Pinus Caribaea são muito encontradas no sul e sudeste no Brasil e possuem alta aplicação na construção civil e são muito indicadas para o tratamento da autoclavagem.

Vantagens do pinus autoclavado

1.

Durabilidade

O processo de tratamento da madeira por autoclavagem aumenta a durabilidade da madeira, protegendo-a de fungos e ataque de insetos, e ainda contra os problemas causados pelas mudanças climáticas.

É bastante comum encontrar no mercado madeira de pinus tratadas com esse processo que oferecem 15 anos ou mais de garantia. Mas o pinus preservado pode ficar imune por mais de cem anos em estruturas de telhado, por exemplo.

Contra fungos que atacam a madeira úmida, resultante de goteiras, vazamentos ou do contato direto com o solo, a vida útil é aumentada em até 15 vezes.

2.

Versatilidade

A leveza e a alta resistência oferecida pela madeira de pinus autoclavado permitem que o material seja utilizado de diversas maneiras.

Nas construções, o pinus autoclavado é muito utilizado em decks, telhados, e como revestimento de pisos e paredes, principalmente porque são excelentes isolantes acústicos e térmicos.

Essa madeira também é muito utilizada na decoração e em projetos de paisagismo como mesas, cadeiras, bancos, estantes, guarda-roupas e até camas.

Em fazendas o pinus autoclavado também é utilizado na construção de currais, galpões e na construção de cercas.

3.

Acabamento de qualidade

A madeira de pinus permite um acabamento mais fino, mais elaborado do que outros tipos de madeira, justamente por isso é muito utilizado em móveis e decorações.

E o pinus autoclavado pode ser pintado, já que não absorve a tinta aplicada, permitindo assim a escolha do visual da peça entre um aspecto mais rústico, colorido ou natural.

Agora você já conhece o processo de autoclavagem que pode ser aplicado à madeira pinus para deixá-la mais resistente ao ataque de insetos e à deterioração natural.

Existem algumas empresas no mercado que trabalham com peças de pinus autoclavado de qualidade, mas é importante se certificar de que está adquirindo madeira de áreas de reflorestamento e que realizam o processo de tratamento da madeira corretamente.

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